O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse
ontem que pensa em se aposentar antes do limite legal de 70 anos e não
descartou a possibilidade de entrar para a política e disputar a
Presidência da República. Aos 59 anos, o ministro negou a intenção de
ser candidato em 2014, mas afirmou que, depois de deixar o tribunal,
terá tempo para “refletir” sobre o futuro. Barbosa participou do 8º
Congresso Internacional da Associação Brasileira de Jornalismo
Investigativo (Abraji), que termina hoje e reúne 1.300 pessoas de 87
países na PUC-Rio.
O
ministro criticou a “mercantilização” dos partidos políticos, defendeu o
voto facultativo e candidaturas avulsas, sem filiação a legendas, e
atacou a “cultura jurídica complacente com a impunidade”. Barbosa fez
uma apresentação de 15 minutos sobre o tema “Avanços e retrocessos
institucionais no Brasil” e respondeu a perguntas de jornalistas. “Não
tenho no momento nenhuma intenção de me lançar candidato a presidente.
No futuro, terei tempo para pensar nisso”, disse Barbosa sobre o
possível ingresso na política. “Nunca cogitei (entrar na política),
sempre tive carreira técnica. No dia que eu deixar o tribunal, terei
tempo para refletir sobre isso”, afirmou. Questionado se exerceria o
cargo de ministro do STF até os 70 anos, respondeu: “Acho muito
difícil”. Barbosa evitou responder se tem simpatia por algum
pré-candidato à Presidência da República. “O quadro político-partidário
não me agrada nem um pouco”, afirmou.
“O voto obrigatório, a impossibilidade de candidaturas avulsas, o excesso assombroso do número de partidos, a mercantilização partidária, o coronelismo e o mandonismo na estrutura interna de certos partidos: eis um catálogo dos problemas do sistema político brasileiro”, discursou Barbosa. “No plano da organização institucional, a reforma política é o mais premente e árduo de todos os desafios . A natureza tortuosa do sistema político, movido por um combustível nada limpo, com dinheiro de origem duvidosa, tem causado a grande desafeição do cidadão à política”.
“O voto obrigatório, a impossibilidade de candidaturas avulsas, o excesso assombroso do número de partidos, a mercantilização partidária, o coronelismo e o mandonismo na estrutura interna de certos partidos: eis um catálogo dos problemas do sistema político brasileiro”, discursou Barbosa. “No plano da organização institucional, a reforma política é o mais premente e árduo de todos os desafios . A natureza tortuosa do sistema político, movido por um combustível nada limpo, com dinheiro de origem duvidosa, tem causado a grande desafeição do cidadão à política”.
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