“Recebi com respeito [Dilma Rousseff, em Natal, neste semana]. Sou governadora e isso não depende de partido. Já disse e posso repetir: estou apoiando as ações administrativas da presidenta e recebo o apoio dela”, destacou Rosalba Ciarlini.
A governadora negou que tenha alguma decisão tomada sobre a troca de legenda. Ela garantiu que não há definição sobre uma possível adesão ao PTB. Ontem, o portal UOL, do grupo que edita o jornal Folha de São Paulo, noticiou que Rosalba negocia a saída do Democratas para se filiar ao Partido Trabalhista Brasileiro. “Ela deve anunciar sua filiação ao PTB nos próximos dias”, destocou a reportagem.
A Folha de São Paulo também informou que a articulação de mudança de partido envolve o petista Jaques Wagner, governador da Bahia, terra do presidente do PTB, Benito Gama. “Gama foi secretário de Desenvolvimento Econômico de Rosalba até novembro do ano passado e vai substituir o também baiano César Borges, agora ministro dos Transportes, numa das vice-presidências do Banco do Brasil —outra costura que teve o dedo de Wagner”, lembrou o jornal paulista.
Mas as articulações teriam que superar o entrave da regra de fidelidade partidária. Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral impõe como punição — para quem exerce mandato eletivo e troca de partido sem justa causa — a perda do cargo.
Reações
Embora a governadora evite dar informações detalhadas sobre as articulação para troca de filiação partidária, as notícias a respeito do assunto repercutem na Assembleia Legislativa. O líder do Governo, deputado Getúlio Rego (DEM), disse que não acredita na mudança. Para ele, por enquanto há apenas “especulação”. “Não tomei conhecimento de nenhuma intenção da governadora nesse sentido. Nunca vi nenhum sintoma de que isso poderia ocorrer”, destacou.
O deputado estadual Kelps Lima, filiado ao PR e já com pedido de justa causa tramitando no Judiciário Eleitoral para deixar a legenda, disse desconhecer as razões internas que poderiam levar a governadora a mudar de partido. “O partido é um ente privado. O que determina as causas são por atitudes internas ligadas a questão estatutária ou por dificuldade de relacionamento interpartidário. É difícil fazer uma avaliação externa sobre isso”, comentou.
Presidente nacional do DEM, o senador José Agripino Maia, disse que não acredita na saída da governadora Rosalba Ciarlini do partido. “Não tenho o mais leve indício dessa suposta veracidade da intenção da governadora (Rosalba)”, disse ele.
A prefeita de Mossoró, Claudia Regina (DEM), através da Assessoria de Imprensa, disse desconhecer qualquer movimento da governadora Rosalba Ciarlini de deixar o partido. Ela destacou ainda que endossa o posicionamento do presidente nacional da legenda.
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