domingo, 25 de março de 2012

A CAPITAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE


Tudo começou com as Capitanias Hereditárias quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530, dividiu o Brasil em lotes. As terras que hoje correspondem ao Rio Grande do Norte couberam a João de Barros e Aires da Cunha. A primeira expedição portuguesa aconteceu cinco anos depois com o objetivo de colonizar as terras. Antes disso, os franceses já aportavam por aqui para contrabandear o pau-brasil. E esse foi o principal motivo do fracasso da primeira tentativa de colinização. Os índios potiguares, ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo, a fixação dos portugueses em terras potiguares.

Passados 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsários franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos Santos Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.
 
Concluído o forte, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de Cidade dos Reis. Depois, Cidade do Natal. O nome da cidade é explicado em duas versões: refere-se ao dia que a esquadra entrou na barra do Potengi ou a data da demarcação do sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599.

Com o domínio holandes, em 1633, a rotina do povoado que começa evoluir foi totalmente mudada. Durante 21 anos, o forte passou a se chamar Castelo de Keulen e Natal Nova Amsterdã. Com a saída dos Holandeses, a cidade volta a normalidade. Nos primeiros 100 anos de sua existência, Natal apresentou crescimento lento. Porém, no final do século XIX, a cidade já possuia uma popualação de mais de 16 mil habitantes.

A partir de 1922, o desenvolvimento de Natal ganhou rítmo acelerado com o aparecimento das primeiras atividades urbanas. Pela sua posição geográfica privilegiada é o ponto das Américas mais próximo da Europa, na IIº. Grande Guerra Mundial, já no século XX, serviu de base militar para os nortes americanos, ganhando ares de metrópole internacional, transformando definitivamente Natal e a cidade teve seu nome conhecido por milhões de cidadãos pelo mundo.

O prédio do Palácio Felipe Camarão foi construído no ano de 1922, pelo construtor Miguel Micussi, sendo inaugurado no mesmo ano no dia 7 de setembro, marcando o Centenário da Independência do Brasil, na administração do governador Antônio José de Melo e Souza (1920-1924) e do intendente municipal Teodósio Paiva. Antes, havia no local um casarão de linhas coloniais onde funcionava a Presidência da Intendência Municipal.

A sede da Prefeitura recebeu o nome de “Palácio Felipe Camarão” através da Lei 359/A, de 1955, em homenagem ao índio Poti, que era o chefe dos Potiguares, tribo que habitava as margens do Rio Potengi.

O índio Poti nasceu na aldeia de Vila Velha, em Igapó, e em 1612 foi catequizado e batizado juntamente com a sua esposa Clara Camarão passando a chamar-se Antônio Felipe Camarão. O primeiro nome, em homenagem ao santo do dia; o segundo, ao rei de Portugal; e o terceiro, representa a tradução da palavra indígena Poti.

Felipe Camarão se destacou nas lutas para expulsão dos invasores holandeses na capitania de Pernambuco. Por conta de sua bravura, o rei de Portugal, em 16 de maio de 1633, concedeu-lhe um brasão de armas e nomeou-o capitão mor de todos os índios do Brasil, passando, a partir daí, usar a palavra Dom, antes do nome, como indicativo de nobreza. Recebeu ainda a comenda dos Moinhos de Soure, do mesmo rei de Portugal. Dom Antônio Felipe Camarão morreu no ano de 1648, em Várzea, nos arrebaldes de Recife, PE.

Nos anos pós-guerra a cidade continuaria a se desenvolver e sua população cresceria, mas só alguns anos mais tarde é que esse quadro mudaria definitivamente. Foi no inicio da década dos anos 80 com a construção da Via Costeira este um marco importante. São 10 km de praias com uma excelente rede de hotéis entre as Dunas e o Mar.

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