terça-feira, 2 de julho de 2013

DILMA VAI APRESENTAR HOJE O PROJETO DE PLEBISCITO



Brasília (AE) - Com a popularidade em queda livre e ameaças surgindo dentro da própria base aliada, a presidenta Dilma Rousseff confirmou ontem que o plebiscito sobre reforma política, que ela irá sugerir à Câmara e ao Senado hoje, tratará de questões referentes a financiamento de campanha e ao padrão de voto vigente. Dilma, no entanto, destacou que outros temas poderão ser incorporados e não deu nenhuma garantia do prazo para a realização do plebiscito - questão que, segundo ela, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir.

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Questionada sobre quais questões entrarão no plebiscito, Dilma respondeu: “Basicamente - não é que essas serão as únicas sugestões - (o plebiscito) diz respeito ao financiamento das campanhas e ao padrão eleitoral, melhor dizendo, padrão de voto vigente, distrital, misto, a esse tipo de questão.” De acordo com a presidenta, o Palácio do Planalto não vai dar sugestão de perguntas, porque “não somos nós que fazemos as perguntas, as perguntas ficam entre o Senado e a Câmara de um lado e o próprio Tribunal Superior Eleitoral de outro, que formata as perguntas”.

“Enviamos nossa sugestão no sentido de um plebiscito, apontando em linhas gerais as balizas que julgamos as mais importantes. Isso não significa que outras balizas e outros nortes não poderão aparecer”, disse Dilma, que convocou uma rara coletiva de imprensa para falar com jornalistas. De acordo com Dilma, também nesta terça o TSE deverá responder sobre o prazo para a realização do plebiscito. “Não temos como definir isso (o prazo), depende do prazo que der o TSE e do Senado e da Câmara, é uma pergunta que está prejudicada no sentido de que eu não tenho governabilidade sobre essa questão”, disse.

Criticada por partidos da oposição e por lideranças da própria base por optar por um plebiscito, e não um referendo, Dilma saiu em defesa da forma escolhida para a consulta popular. “É importante ouvir uma questão que é a busca não só de um governo voltado pro povo, mas um governo que quer que o povo participe, enseja a participação popular, daí por que a proposta de consulta popular tem um sentido de transferir para a população o direito de ser consultada. O povo deve ser consultado”, afirmou. 

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