domingo, 10 de junho de 2012

COMO SE COMPORTARÃO OS ALVES NA CAMPANHA EM NATAL?

Muito se tem questionado, inclusive peemedebistas históricos, como se comportarão os Alves - o ministro Garibaldi Filho e o deputado Henrique Eduardo - nas eleições municipais em Natal, em que o partido que eles comandam terá candidatura própria, no caso o deputado estadual Hermano Morais.

A pergunta é pertinente porquanto na eleição passada, para o governo do estado, o PMDB se dividiu entre o PMDB de Henrique e o PMDB de Garibaldi. Henrique levou os seus liderados a apoiar a candidatura a reeleição do governador Iberê Ferreira de Sousa (PSB) e Garibaldi, por sua vez, subiu no palanque da atual governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Agora, os Alves dizem que estão fechados com Hermano Morais e o próprio Garibaldi fez questão de "deixar claro isso" com a indicação do filho, deputado Walter Alves (PMDB), para ser o coordenador da campanha de Hermano. Até aí tudo bem: Mas, quando do imbróglio sobre as contas do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), que é novamente candidato a prefeito, às vésperas da votação da matéria na Câmara Municipal o ministro esteve fazendo uma espécie de corpo-a-corpo na Casa para que os edís aprovassem as contas do primo.

Normalmente isso não é tratado como sendo natural, mesmo porque, até prova em contrário, o pedetista Carlos Eduardo Alves hoje é adversário político do PMDB dos primos.

Todos sabem que os Alves chegaram a oferecer a legenda do PMDB para Carlos Eduardo sair candidato novamente a prefeito de Natal pelo partido. Carlos não aceitou. Preferiu continuar fazendo carreira solo.


Nem o sobrenome faz questão de assinar. O que vale para o pedetista é Carlos Eduardo, sem o Alves. Tanto assim que para provocá-lo, o tucano Rogério Marinho, outro candidato a prefeito da capital potiguar, o tem chamado de Carlos Alves.


E por que o interesse do ministro Garibaldi em não tornar Carlos Eduardo Alves inelegível se ele é um "adversário político" e sequer faz questão de manter o sobrenome? Pela consideração ao tio, deputado Agnelo Alves, o qual tem uma grande afinidade? Ou por achar que num eventual segundo turno, caso o PMDB não consiga chegar lá, poder apoiar Carlos, mesmo sem este ter mais qualquer afinidade com o PMDB, onde iniciou sua carreira política?

Outra indagação: Num eventual segundo turno em que o PMDB não vá, Garibaldi defenderia o apoio do seu partido à Carlos Eduardo Alves, mesmo sabendo que ao seu lado pode está a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), que já se antecipou no apoio ao pedetista? Sim, porque não é desconhecimento de ninguém que Garibaldi não senta na mesma mesa que a de Wilma.

O certo é que o ministro Garibaldi Alves Filho, ao contrário do seu outro primo, deputado Henrique Eduardo Alves, tem deixado motivos para especulações. E olha que estas especulações não estão partindo só da imprensa, mas como também de peemedebistas históricos que reclamam do partido nas últimas eleições - sejam elas municipais ou estaduais - figurar sempre como coadjuvante.

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